07 março 2008

Pais e professores têm dificuldades em encontrar problemas psicológicos nas crianças.

Exemplos clínicos e vários estudos vêm demonstrando que, em muitos casos, não existem problemas de comportamentos nas crianças e adolescentes, conforme afirmam professores e pais.

Anderson Xavier

De forma geral, comportamentos indesejáveis (ficar mal humorado e nervoso, matar ou “enforcar” aula, muitas vezes ser desobediente etc.) também são encontrados em crianças e adolescentes que não são encaminhados a terapia, evidenciando que são comportamentos comuns para sua faixa etária, meio cultural e social.

Muitas crianças e adolescentes dispõem de comportamentos desejáveis (ajudar os outros, expressar carinhos, fazer perguntas etc.), mas não têm a oportunidade de mostrá-los na escola, onde provavelmente se comportam segundo as normas e diretrizes das entidades. Eles percebem que, agindo de forma indesejável, encontram atenção do adulto e dos colegas e conseqüentemente são motivados a repetirem tal comportamento.Os professores, ao encaminharem as crianças e os jovens à psicoterapia, costumam levar mais em consideração os comportamentos indesejados que os desejados, mostrando que estão com a atenção mais voltada aos comportamentos negativos.

Os meninos são os mais indicados para o tratamento psicológico por apresentarem mais comportamentos indesejáveis que as meninas. Já as meninas aparentam ter comportamentos mais maduros em algumas habilidades interpessoais, como tomar iniciativas e expressar opiniões, e apresentam mais problemas internalizados (medo, timidez etc.), mais comuns em pessoas mais velhas.

As crianças e os jovens, ao interagirem com os colegas e adultos de forma socialmente habilidosa e desejável, podem conseguir atenção e também ser menos rejeitados. Conseqüentemente, terão mais atenção e diminuirão o número de comportamentos indesejáveis. Só temos que motivá-los sempre que esses comportamentos aparecem.
Conhecer as razões que levam pais e professores a encaminharem essa população para psicoterapia é um tema de grande relevância quando se pensa em realizar trabalhos preventivos.

Quanto mais conhecimentos tiverem sobre os reais motivos para o encaminhamento psicológico infantil, mais facilmente é possível evidenciar os verdadeiros fatores que fazem os pais e professores identificarem “crianças e adolescentes problemáticos” em meio a outras consideradas ajustadas. Identificar corretamente crianças e jovens que merecem atenção psicológica é ainda mais relevante quando se observa que parte dessa população que busca ajuda psicológica, na realidade, não apresenta problemas comportamentais significativos a ponto de serem encaminhadas aos consultórios psicológicos.

É evidente que pais e professores precisam receber mais orientações sobre os verdadeiros comportamentos desajustados. Esse treinamento tem que ser feito por psicólogos e profissionais da área da saúde mental em escolas e centros especializados

Fonte: Psicologia Aplicada

5 comentários:

  1. Oi moça...aqui estou mais uma vez :)
    Vejo que seus temas de post são somente sobre psicologia. Adorei a idéia...
    bjos

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  2. muito informativo, mas é sobre um tema que tenho nenhum conhecimento

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  3. É, ISSO NO PAPEL É LINDO! SOU PROFESSOR, LECIONO EM 2 ESCOLAS PÚBLICAS, O PROBLEMA VAI ALÉM DA SIMPLES PECEPÇÃO DO FATO,A ESTRUTURA TODA ESTA COMPROMETIDA,SALARIOS BAIXOS, MATERIAL DIDÁTICO INADEQUADO, PROFESSORES SEM CONHECIMENTO DE PSICOLOGIA INFANTIL, FALTA ESPAÇO............. DEIXA EU PARAR!!!!

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  4. É na teoria é uma coisa, já na pratica é bem diferente...

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  5. Ainda bem que minha época de escola passou!!!! rsrsrsrs Aliás, não tenho a menor saudade! A cada ano que passa prefiro o que estou vivendo! rsrsrsrs Será que sou a única?

    Tava meio sumida, mas voltei!

    Abraçoooooo

    www.jlouthings.blogspot.com

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