19 julho 2013

O LEITOR QUER SABER: Sexualidade: O “Normal” e o “Patológico”

Estou muito feliz pois vou abrir essa coluna com uma sugestão da minha amiga, e também psicóloga, Márcia Raposo. Ela sugeriu que eu falasse sobre a sexualidade infantil, mas como já havia falado do tema em outro post, resolvi especificar um pouco sobre o assunto.

  O que é normal? Eis uma pergunta complicada, já que o conceito de normalidade é bem controverso. São ditos como “fora da normalidade” comportamentos cujo padrões se diferem significativamente da média da população. Entretanto, é preciso sempre em mente a função do comportamento “fora do normal” (“porque ele se comporta dessa maneira?”), já que mesmo o comportamento “fora do normal” se mantém pois produz algum ganho para a criança.
  Como todo e qualquer comportamento, a sexualidade, seja ela “normal” ou não, é fruto da  interação entre o sujeito e o seu ambiente e se dá no nível biológico, individual e cultural.  Assim, como foi mencionado no outro post sobre esse assunto, temos que estar atento ao ambiente em que a criança está inserida: programas de TV que assiste, coleguinhas e até mesmo o que ela presencia e escuta em casa. Hoje não é tão difícil de ver um mini-adulto, e não é de se espantar que eles queiram experimentar o sexo tão cedo (um dos ingredientes do mundo adulto!).
  Ao perceber uma alteração significativa no comportamento sexual da criança, como: beijar na boca ou uso de expressões bem próprias do mundo adulto, como por exemplo: “transar”, procure no ambiente da criança os estímulos que contribuem para a ocorrência destes comportamentos e claro, converse com ela sobre o que você vem percebendo, mas sem ser punitivo. Escute o que ela tem a dizer e explique que tudo tem seu tempo e incentive que ela engaje atividades próprias para sua idade.
  Uma das grandes preocupações dos pais com respeito a sexualidade precoce é com relação ao abuso sexual. E antes de mais nada, trabalhe com o seu filho desde cedo para que ele se proteja de possíveis abusadores: Não deixar nunca que pessoas toquem seu corpo e invadirem sua intimidade e contarem a vocês, pais, se algo do tipo acontecer. Prestem atenção a mudanças bruscas de humor e comportamento dele. E o mais importante: converse, seja amigo do seu filho!


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2 comentários:

  1. Super importante esse tema, meu filho tem 7 anos e não tem noção do que seja sexo (ainda), faço o que posso para preservar a inocência dele, me preocupo com exatamente tudo que vc falou: tv, músicas, filmes de conteúdo violento, impróprio, muitas pessoas me criticam falam que crio ele de baixo da saia...kkk Nem ligo tudo tem seu tempo, mantenho um diálogo bem aberto, ele é extremamente inteligente o que pode levar ele a ser "muito pra frente", criança precisa ser criança.

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  2. Você está certa, temos que incentivar as crianças a curtirem a fase que eles estão, porque sem os cuidades que vc está tendo por exemplo, é mais fácil pular de fase principalmente com todos esses estímulos externos. Obrigada por comentar!! Beijo

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