Depressão e infância

     Com a morte do ator Robin Williams que supostamente cometeu suicídio, o tema depressão ficou em bastante evidência. O que não é tão noticiado é que crianças também podem sofrer desse mal. A depressão, tanto em adultos quanto em crianças, é multideterminado e seu surgimento sofre influência de fatores genéticos, fatores biológicos adquiridos, história de vida e do ambiente que cerca o indivíduo. 

      Dentre os sintomas da depressão infantil temos (Fonte: Site Psicopedagogia Clínica):

1- Mudanças de humor significativa
2- Diminuição da atividade e do interesse
3- Queda no rendimento escolar, perda da atenção
4- Distúrbios do sono
5- Aparecimento de condutas agressivas
6- Auto-depreciação
7- Perda de energia física e mental
8- Queixas somáticas
9- Fobia escolar
10- Perda ou aumento de peso
11- Cansaço matinal
12- Aumento da sensibilidade (irritação ou choro fácil)
13- Negativismo e Pessimismo
14- Sentimento de rejeição
15- Idéias mórbidas sobre a vida
16- Enurese e encoprese (urina ou defeca na cama)
17- Condutas anti-sociais e destrutivas
18- Ansiedade e hipocondria

      Pode-se descrever este transtorno como um período onde há uma diminuição na presença de determinados comportamentos, havendo assim a perda de interesse em atividades habituais. Muitas vezes a depressão é resultante do fato de o indivíduo ser exposto à situações consideradas aversivas e que fogem ao seu controle e não consegue se adaptar (e nem fugir da situação). Por exemplo: morte de alguém querido, separação dos pais, etc. 

      Apesar de ser multideterminada, como dito anteriormente, o ambiente que a criança está inserida tem um peso enorme no desenvolvimento desse transtorno. Assim, a interação da criança com a família tem importância, já que muito se é aprendido pelo modelo parental. Dessa forma, uma educação parental autoritária recheada de práticas punitivas, onde não há uma comunicação positiva, com abuso físico/emocionais e negligência favorecem  o surgimento dos sintomas. Por outro lado, uma família que saiba equilibrar amor e limites contribui para que a criança consiga superar e libertar-se dos sintomas da depressão.

      Podemos observar então que a família pode ser tanto um fator de risco, como um fator de proteção. Em qual a sua se encaixa? 

       Finalizando, é interessante a reflexão de alguns pontos:

• Mostre para o seu filho que você reconhece os esforços dele. Elogie!
• Converse e escute o que seu filho tem a dizer.
• Esteja atento as mudanças comportamentos do seu filho.
• Não considere como bobagem as verbalizações de tristeza da criança.
• Dê espaço na agenda pro seu filho ser criança. Não sobrecarregue a rotina diária dele com excessos de atividades.
• Procure ajuda de um psicólogo, caso seu filho apresente sintomas de depressão.

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