Desde muito pequenas, as crianças adoram desenhar. Uma das atividades infantis mais
prazerosas é se debruçar sobre uma
folha de papel para criar formas e traços multicoloridos. Pergunte para uma criança o que ela
desenhou, que um mundo irá se descortinar diante de nossos olhos, revelando
diversos personagens e histórias. Mas não é só para a
meninada que o desenho é carregado de significado. Através dele, a criança pode dizer muito sobre o que pensa, como se sente, do
que gosta, e expressar sua criatividade como um todo.
Existem muitas maneiras de estimular a criatividade e
a expressão das crianças por meio
do desenho. Para isso, é muito importante conhecer e respeitar as diferentes
etapas de seu desenvolvimento e não exercer um
controle muito grande sobre sua criação. Às vezes,
mesmo tentando apenas incentivar as crianças a se expressar, os pais acabam se excedendo e
desestimulando seus filhos, por meio de
iniciativas equivocadas.
Os primeiros rabiscos, até o segundo ou
terceiro anos de idade, já mostram a vontade da criança se expressar, mesmo se elas ainda não têm muita
coordenação motora.
Nessa etapa, elas geralmente seguram o lápis ou o giz de cera com a mão fechada, sem fazer o movimento de pinça com os
dedos, que geralmente será possível um pouco
mais para a frente.
Nessa fase, considerada de grafismos,
elas acabam ultrapassando o limite do papel e colocando muita força
no traço,
mas já sabem
muito bem o que querem dizer com aquela representação.
Elas podem explicar sobre o que aquele desenho se trata e também são
capazes de nomear seus traços. O segredo
para incentivar as crianças nessa
etapa é não tentar
reelaborar seus desenhos, mesmo se, para os pais, eles não parecem
fazer muito sentido. O que a criança vê é o que
importa. Converse com ela e deixe que sua imaginação tome conta.
Entre os três ou quatro anos de idade, a criança já consegue
limitar seu desenho no papel e segurar o lápis com a ponta dos dedos. Os desenhos já têm formas mais
definidas e esquematizadas. Um corpo humano, por exemplo, já apresenta
cabeça, tronco,
braços e pernas.
A partir dos cinco anos de idade, a criança já representa com mais detalhes os fatos ou personagens
de seu dia a dia, como sua família, amigos
ou personagens favoritos de histórias. Quanto
mais velha a criança, mais ela
vai enriquecer seus desenhos, sendo capazes de, em um certo momento, expressar
noções de
perspectiva e profundidade.
Nós adultos não podemos
esquecer que, desde o início, as
manifestações gráficas
acompanham o desenvolvimento da criança. Não é aconselhável tentar
ultrapassar as etapas de seu crescimento. Portanto, por mais que seja tentador
corrigir um desenho para mostrar que uma árvore tem folhas e frutos, por exemplo, isso não deve ser
uma imposição no momento
em que seu filho ainda estiver na fase dos traços. Você pode desenhar a sua versão do que ela está ilustrando,
mas lembre-se sempre de que, ali, ninguém desenha melhor que ninguém.
O desenho é uma maneira
de estimular a criança a
compreender melhor o mundo que a cerca e também uma forma de autoconhecimento. Portanto, a participação dos pais é sempre
bem-vinda, desde que seja adequada a cada momento da vida de seu filho e
voltada principalmente para estimular seu desenvolvimento.
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