27 abril 2015

Crianças com Crises de Epilepsia

   Epilepsia é uma tendência do cérebro de experimentar convulsões recorrentes onde pode ocorrer perda total ou parcial da consciência. Durante a crise epilética há uma atividade elétrica anormal dos neurônios e ocorre por razões variadas, e algumas vezes não identificadas. Existem diversos tipos de convulsões epiléticas e o que ocorre antes, durante e depois da crise depende da parte do cérebro que éafetada e como a atividade elétrica se espalha.
Imagem do site Refle-Ações


Tipos de Convulsões

     Existem mais de 40 tipos de convulsões que podem ser dispostas em 2 categorias:
  1. Convulsões generalizadas: Todo o cérebro é afetado e ocorre perda da consciência, mesmo que brevemente. As convulçõesinclusas nessa categoria incluem:
  • Ausências - A criança parece aérea por alguns segundos e pode não responder quando conversamos com ela. Pode ocorrer repetidamente e confundido como uma distração;
  • Tônico-clônicas - Há tanto a presença de contração súbita dos músculos e movimentos involuntários do corpo;
  • Tônica e atônica - Pode ocorrer tanto contração súbita dos músculos quanto a perda de controle muscular, causando queda da criança;
  • Mioclônicas - Movimentos involuntários na parte superior dos membros.
     2.  Convulsões focais: Apenas parte do cérebro é afetada e a consciência pode ser afetada, mas não há perda. A apresentação da convulsão vai depender da área do cérebro afetada. A criança pode experienciar sensações e/ou movimentos estranhos em alguma parte do corpo, como formigamentos ou espasmos. Além disso, a criança pode aparecer aérea ao que está acontecendo ao seu redor e incapaz de de responder quando conversam com ela.

Como agir durante a crise? 

  1. Durante a crise convulsiva:
  • Anote a hora que a crise acontece;
  • Apoie a cabeça da criança para prevenir que ela se machuque. Use uma almofada, um casaco dobrado ou até mesmo suas mãos;
  • Deite a criança de lado para que ela não se sufoque com a salivação excessiva (tópico sugerido pela leitora Luma do Blog Luz de Luma, yes party!)
  • Impeça pessoas de formarem tulmuto em volta da criança;
  • Retire da criança colares, cintos, pulseiras, etc;
  • Retire objetos de perto da criança pra evitar que a criança se machuque;
  • Limpe excesso de saliva e cheque a respiração;
  • Não tente impedir os movimentos da criança durante a crise, isso pode machucar você e a criança;
  • Não coloque nada na boca da criança. Não há perigo dela se sufocar com a língua e colocando algo em sua boca aí sim você poderá sufocá-la, além de causar algum dano em seus dentes;
  • Tranquilize a criança conversando com ela durante a crise.
 
      2.  Assim que a crise terminar:
  • Coloque a criança deitada para se recuperar;
  • Limpe possível excesso de saliva e cheque se não há nada bloqueando a garganta como, por exemplo, comida;
  • Fique ao lado da criança até que ela esteja completamente recuperada;
  • Não dê nada para a criança comer ou beber até que ela esteja completamente recuperada.

Monitoramento da crise

    Monitorar a crise convulsiva é muito importante para que o médico que acompanha a criança tome decisões com relação ao tratamento, inclusive com relação a mudança da dosagem ou de medicamento. 
    Eu elaborei um formulário que você poderá fazer o download. Você pode dixar algumas cópias do formulários na escola e em outros locais que a criança fique e com isso você poderá ter uma noção de possíveis padrões nas crises. Além de fornecer ao médico que acompanha seu filho informações acuradas.

_________________________________________________________________

4 comentários:

  1. Muito interessante essa postagem! bjs
    http://ofantasticomundodairis.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  2. Oi, Letícia!
    Há muito preconceito por falta de informação.
    Tenho uma amiga que faz tratamento e todos os amigos mais próximos foram instruídos a dar os primeiros socorros, caso ela passe mal. Mas ela nunca passou mal...
    Algo que não está no seu texto é que devemos deitar a pessoa de lado, para evitar que se sufoque com a salivação excessiva.
    Estou sempre lendo sobre o assunto por causa dessa amiga e li que em casos mais graves, onde os tratamentos não surtem efeito, estão usando a forma líquida de canabidiol, composto da maconha que tem efeito psicoativo. A Anvisa autorizou o uso em janeiro, só que os médicos encontram dificuldade de receitar pq não existem laboratórios no Brasiil que extraem a substância. Está na hora de regularizar o cultivo para fins medicinais, pois só assim os laboratórios poderão trabalhar para ajudar os portadores dessa síndrome neurológica.
    Boa semana!
    Beijus,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É realmente um assunto cheio de mitos e preconceito. Obrigada pela dica, vou incluir essa parte no texto. Beijo

      Excluir

Deixe aqui sua opinião!
Obrigada por enriquecer esse Blog!